Bolsista: CAIO CESAR ROMAO POMPILIO DE MELO
Orientador(a): Rosangela Maria Rodrigues Barbosa
Resumo: Uma das estratégias aplicadas ao manejo integrado de mosquitos é o uso de armadilhas de oviposição tratadas com larvicidas, tanto para a vigilância entomológica quanto para o controle populacional das espécies. O estudo tem como objetivo avaliar a armadilha Double BR-OVT associada ao extrato de larvas de Aedes aegypti dessecadas em estufa e o biolarvicida Bti como estimulantes de oviposição para Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus. Inicialmente, foram realizados ensaios em laboratório, utilizando as espécies A. aegypti e C. quinquefasciatus. Os ensaios foram realizados de forma pareada, utilizando 20 fêmeas grávidas de cada espécies por vez ou uma fêmea da espécie C. quinquefasciatus. No recipiente teste (100 ml) foi adicionado extratos de larvas dessecadas, e no controle apenas água destilada. Os extratos foram feitos a partir da suspensão de larvas dessecadas em estufa (65 °C por 15h), em água destilada (0,33 larva/ml). Os testes foram repetidos 12 vezes. Os testes em campo simulado estão sendo conduzidos na Sala de Experimentação Comportamental André Furtado & Lêda Regis do IAM/FIOCRUZ-PE, utilizando duas armadilhas Double BR-OVT, a teste com 2 L do extrato larval (0,33 larva/ml) e 2 g Bti, e a controle com apenas água e 2 g Bti (controle). São liberadas 50 fêmeas grávidas e 50 machos de A. aegypti e C. quinquefasciatus, simultaneamente. As avaliações são encerradas após três dias de exposição, com recolhimento da armadilha, e aspiração manual dos mosquitos. Os ovos estão sendo contabilizados manualmente, os testes serão repetidos 12 vezes. No campo, os ensaios serão conduzidos de forma semelhante aos de campo simulado. No entanto, armadilhas pareadas (teste versus controle) serão distribuídas em oito localidades em torno do Instituto Aggeu Magalhães e do Centro de Biociências da UFPE. As manutenções, que consistem em contagem dos mosquitos capturados e dos ovos coletados, assim como a troca de todo conteúdo interno da armadilha, será feita quinzenalmente/ 40 vezes. Os resultados iniciais de laboratório demonstraram que o extrato de larvas dessecadas estimulou tanto as fêmeas de A. aegypti (75,74%) (p < 0,0001) quanto as de Cx. quinquefasciatus individuais (83,3%) (p = 0,0128) ou em grupo (71,75%) (p= 0,0126), a ovipositar mais no recipiente teste com relação aos controles com apenas água, com IAO respectivamente de + 0,51; +0,67 e +0,43. Os testes em laboratório com extrato de larvas de Aedes aegypti dessecadas em estufa apresentaram uma ação estimulante de oviposição tanto para fêmeas de Aedes aegypti, quanto para fêmeas de Culex quinquefasciatus.